Bélgica – A felicidade de um cervejeiro em visita à terra da cerveja
Rodrigo Mendanha é um amigo que, recentemente, foi para Bélgica. A escolha do destino foi motivada por sua grande paixão por cervejas.
Pedi a ele que nos contasse um pouco do que viu e provou. Gentilmente, ele aceitou.
Leiam abaixo o seu relato exclusivo para o blog Sandra Santos Por Aí.
Se você gosta de um boa cerveja, um tour pela Bélgica é indispensável!
Com mais de 1.500 variedades de cervejas, a Unesco declarou em 2016 a cultura cervejeira belga como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, ou seja, a sua produção e consumo são parte do cotidiano e cultura de vida belga há muitos séculos.
A viagem começou pela charmosa cidade de Bruges, na região dos Flanders. Conhecida como a Veneza do Norte, devido aos belos canais que cortam a cidade, Bruges possui duas micro cervejarias e diversos pubs que, junto com os chocolates e batatas fritas, nos remetem ao paraíso !
Três dias na cidade foram suficientes para conhecer quase tudo que ela oferece.
A minha primeira incursão nos pubs em Bruges, foi no fantástico Le Trappiste:
O pub é estilo medieval, datado do século XIII. Localizado no subterrâneo, ao entrar no local já é de ficar surpreso com o admirável teto abobadado, coisa única que somente o Le Trappiste possui em relação aos outros pubs.
No cardápio há diversas cervejas belgas seja em garrafas e on tap e também rótulos de outros países. O pub se dedica somente a apreciar o valioso e sagrado líquido belga, caso queira comer algo é melhor fazer isso antes de ir.
Para fazer jus ao nome do pub, pedi umas da minhas trapistas preferidas:
Ao beber uma trapista como a Orval, sempre há uma nota diferente a cada gole. Ao terminar o último gole, o atendente veio me dizer que havia chegado há poucos dias no pub a trapista da abadia de Westvleteren, na versão dubbel e quadrupel !
As cervejas da abadia de Westvleteren, como é sabido por qualquer apreciador de cervejas trapistas, são consideradas pela crítica cervejeira mundial umas das melhores do mundo no estilo. Ou seja, recebi a notícia com muita emoção, pois é difícil compra-las fora da região da abadia, e claro, não me contive em pedir uma e agradecer ao atendente pela valiosa informação !
No dia seguinte, um amigo cervejeiro local me convidou para andar pela cidade e conhecer um pub frequentado muito mais pelos habitantes da cidade. Bruges é uma cidade feita para andar a pé ou de bicicleta, devido às ruas estreitas. Começamos a andar pelos arredores do Grote Markt, indo até a loja Chocolate Line, que faz um belo chocolate, e chegamos ao Brugs Beertje.
No pub serve apenas cervejas belgas e uns petiscos, um ambiente bem tranquilo , vintage e amigável.
Filip já chegou e pediu a 3 Fonteine Oude Gueuze, uma cerveja que para mim é umas das mais fantásticas da Bélgica! A cerveja é bem ácida e seca, nela há um blend de ingredientes e geralmente demora um ano para ficar pronta.
Um belo pub e que possui atendimento amigável!
Observe a minha felicidade ao apreciar uma 3 Fonteinen !
Para fechar a visita, pedi uma St. Bernardus 12, quadrupel co-irmã da cerveja da abadia de Westvleteren.
Após longa conversa, Filip e eu entramos em acordo que a diferença entre a St. Bernardus 12 e a Westvleteren 12 está apenas no retrogosto !
Fechando o dia, fui ao Cambrinus, um pub mais turístico localizado no centro da cidade e bem frequentado.
E para fechar esse post deixo uma linda imagem, a fantástica Westvleteren 12!
Próximo post falarei sobre as micro cervejarias de Bruges.
Até lá!