Em Verona, mais precisamente na casa de Giuletta Capuleti, é comum os amantes deixarem cartas para a personagem contando suas histórias e desventuras amorosas e sonhos desfeitos na esperança de que algum milagre aconteça ou simplesmente para desabafarem suas dores e saudades. Uma coisa é certa: naquelas cartas estão expressados seus sentimentos mais sinceros e talvez, seus segredos mais bem guardados.
A verdade é que, não raro, grande amores do passado, especialmente aqueles interrompidos antes da hora, se tornam idealizados e nos assombram vida afora. Mas mais do que o sentimento, é o ” e se…” que maltrata e pode até mante-lo preso a um sentimento não vivido e não realizado, e assombrado pelas incertezas correrá o risco de se fechar sequer dando oportunidade a novos amores tão ou maiores que aquele.
Neste post, quero apenas objetivamente e porque hoje estou me sentindo muito romântica, e principalmente porque não gosto de viver de ” e se…”, publicar a carta enviada para Claire ( na verdade escrita pela Sara) no filme Cartas para Julieta.
” Querida Claire,
‘E’ e ‘se’ são palavras que, por si, não apresentam nenhuma ameaça. Mas, se colocadas juntas, lado a lado, elas têm o poder de nos assombrar a vida toda. E se… E se… E se…
Eu não sei como a sua história terminou, mas se o que você sentia naquela época era verdadeiro amor, então nunca é tarde demais. Se era verdadeiro então, por que não seria agora? Você só precisa de coragem para seguir seu coração.
É difícil imaginar um amor como o de Julieta, um amor que nos faça abandonar entes queridos, que nos faça cruzar oceanos. Mas eu gostaria de acreditar que se eu um dia sentir esse amor, terei coragem de perseguí-lo. E, Claire, se não o fez naquela época, espero que ainda o faça um dia. Com todo amor, Julieta.”
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