EMOÇÕES NA SICÍLIA – A CORDIALIDADE SICILIANA

O DIA EM QUE SENTI UMA TRISTEZA INFINITA, IRONICAMENTE, SE TORNOU MUITO ESPECIAL.

O DIA EM QUE SENTI UMA TRISTEZA INFINITA, IRONICAMENTE, SE TORNOU MUITO ESPECIAL. Este post é sobre pessoas maravilhosas que cruzam meu caminho em todos os lugares. Em abril de 2019 mais uma vez fui para a Itália. Acho que ja fui entre 12 e 15 vezes e sempre acontecem coisas especiais.

Este post é sobre pessoas maravilhosas que cruzam meu caminho em todos os lugares.
Em abril de 2019 mais uma vez fui para a Itália. Acho que ja fui entre 12 e 15 vezes e sempre acontecem coisas especiais.
Todas as vezes que visito o país, algo se repete: no dia anterior à volta, eu me sinto triste, muito sensível e choro escondida.
E aconteceu a mesma coisa. Sentia uma tristeza doída e foi então que  uma magia aconteceu.

Os mágicos foram 6 desconhecidos que cruzaram meu caminho naquele dia.
Sem outras intenções, apenas despretenciosas gentilezas e um sorriso no dia e na hora certa. No momento que eu precisava.

O primeiro foi o Gabriele, dono de um B&B em na cidade e amigo do meu amigo Riccardo que, atendendo ao seu pedido, buscou a mim e minhas amigas na estação e nos levou à Villa Romana, nosso destino,  depois nos buscou e mostrou o centro da cidade.

O segundo foi o Silvio ( foto ), o dono do restaurante e do Park Hotel Paradiso na Villa Romana, com quem conversei por alguns minutos e tirei dúvidas sobre alguns alimentos. Quando fui pagar pelo meu almoço, Sílvio, sem nenhum motivo aparente se recusou a receber. Eu quis saber o motivo e ele disse:
– Porque você é muito simpática. É por conta da casa.
Eu ri surpresa, ele também riu. Agradeci e fui embora.

A terceira foi a moça da bilheteria da Villa Romana onde havia esquecido meu celular. Quando percebi, voltei la e ela me disse wue havia me procurando por toda parte, não me encontrando guardou-o, esperando que eu voltasse.

O quarto foi o Danilo (foto), o rapaz do quiosque de produtos típicos que me chamava pelo nome, muito sorridente, simpático, alegre, brincava comigo e me presenteou com um cartão postal, assim, do nada.

O quinto foi o Jordy, o moço da cafeteria em Piazza Armerina, onde entrei, pedi para recarregar o celular, me sentei e pedi um café. Ele trouxe e me disse:
– É cortesia!
Olhei surpresa, perguntei o porquê, ele me olhou, sorriu, balançou a cabeça e disse:
– Porque sim.

O sexto foi o Gaetano, o rapaz da loja de souvenir. Ele me explicou sobre flores, a Cida e a Sara compraram alguns souvenirs, eu escolhi 2 chaveiros e quando fui pagar ele disse
– É um presente!
Eu que ja estava sensìvel durante todo o dia, me desmanchei em lágrimas ali na frente dele. Geralmente não choro na frente de ninguém, me orgulho de ” ser durona”, mas não pude conter, não consegui, foi mais forte do que eu.
Sequer fiz foto com ele. Estava em prantos.
Pedi desculpas e expliquei a ele que justamente no dia em que me sentia particularmente muito triste, 6 desconhecidos cruzaram meu caminho e substituiram um pouco as lágrimas de tristeza por outras de emoção.
Ele disse:
– Provavelmente porque você merece.

Abracei-o, agradeci e fui embora pensativa.  Porque tudo isso aconteceu, eu não sei, só sei que nunca os esquecerei.

Há anos frequento a Sicília e posso garantir que é verdade tudo o que falam sobre a simpatia e receptividade dos sicilianos. Pode ser que todo este calor humano  explica o meu amor por aquela linda  ilha